Espanha

por karen , em 09/11

Instigante talvez seja um adjetivo fraco pra uma viagem gastronômica por este país que está na vanguarda da cozinha no mundo.

O que se faz, o que se pensa e o que se apresenta aos comensais hoje na Espanha é algo que precisamos de muitos anos pela frente pra ser digerido pelos gourmets e chefs. A cozinha molecular veio transgredir, ou melhor, transceder o olhar que temos sobre o ato de se alimentar, tornando-o mais consciente, equilibrado, importante, prazeirozo, surpreendente, como nos mostrou o basco Andoni Luiz Anduriz, do restaurante Mugaritz (4ª melhor do mundo). O chef brasileiro Alex Atala o define não como cozinheiro e sim, ´um pensador; ele faz uma cozinha de poesia, de muita reflexão; é um trabalho de autor que transcende à profissão`.

Vejam abaixo alguns pratos e curiosidades do menu que ele nos preparou.

Esta carne acima, um cubo de vitelo totalmente coberto deste pó preto (cinzas de flores, ervas da horta e galhos de sarmiento/videira), era tenro e saboroso, sem nenhum sabor ou cheiro de queimado. Os ´galhos` eram ´grissinis` deliciosos.

Totalmente irreverente mas, gostoso !

O chef nos disse que iríamos comer ´pedras` ! ?

Acima, batatas macias e saborosas envolvidas com uma finíssima crosta de argila branca comestível, de aperitivo, misturadas à algumas pedras de verdade.


O chef Andoni, Karen e suas alunas na cozinha do Mugaritz

Karen - história

por karen , em 08/11

Posso dizer que a minha história com a cozinha começou cedo.  Antes mesmo dos 10 anos de idade, quando felizardamente meus pais ganhavam sacos enormes de milho verde, já ajudava nossa querida Yeyé na produção de pamonhas. Deixava de sair de bicicleta e brincar no clube com os amigos para participar da ´festa` na cozinha. Descascar os milhos com cuidado, separar as palhas mais inteiras e costurar depois fazendo os saquinhos, bater os grãos no liquidificador, vigiar a panela onde eram cozidas, hum . . . tudo era uma delícia ! Comer então, nem se fala. Começo a falar disto, e já me dá agua na boca !

Temos um grande amigo, o Benedetti, que nesta época estava sempre na nossa casa fazendo jantares com a minha mãe e Yeyé. Morávamos no interior de São Paulo e por volta dos 12 anos já pude experimentar uma legítima ´pasta` fresca italiana e um belo guisado de coelho. Coisas que minha avó paterna também preparava com esmero. Sortuda não ?  Isto, agregado ao cuidado e sabores inesquecíveis de tudo que Yeyé e mamãe faziam e ainda fazem em casa, sem dúvida ajudou a apurar meu paladar e minha curiosidade com os alimentos. Pude viver o ´fazer coisas em casa`, como o pão por exemplo, que só traz felicidade.

Em todos estes anos, muitos aprendizados, muita pesquisa, muitas aulas dadas e muita vivência com o ´buffet Bouquet Garni`, junto à minha amiga e sócia Agnes.

Sempre que penso em ´comida`, penso numa coisa bela, que traga alegria, satisfação, bem estar, dá energia, ou seja, tudo que alimente também a alma.

Cozinhar prá mim é a capacidade de harmonizar alimentos, ervas e especiarias com um resultado mágico.

É sutileza, é abrir o coração, é se mostrar, fazer arte, enfim, de certa forma expor às pessoas como vejo o mundo.

Bom apetite, sempre !

Grande abraço,

Karen



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